terça-feira, 12 de julho de 2011

Copiar e colar começa nos bancos escolares



Copiar-colar tornou-se a grande praga do sistema educacional norte-americano depois que um estudo, envolvendo 20 mil alunos e quase três mil professores de várias instituições de ensino, constatou que três em cada quatro entrevistados admitiram recorrer ao Ctrl+C+Crtl+V para concluir um trabalho escolar, no todo ou em parte.

Por enquanto, o antídoto mais eficiente, pelo menos no ambiente escolar, parece ser os serviços especializados em detectar esse tipo de fraude na internet, como o Turnitin , o mais utilizado nos Estados Unidos, ou mesmo os brasileiros Plagius e o sugestivo Farejador de Plágio .

Embora com diferenças fundamentais - o Turnitin tem um banco de dados com 12 bilhões de páginas da internet e cerca de 40 milhões de trabalhos escolares (incluindo teses de mestrado e doutorado nas mais diversas áreas) -, são sistemas de alto apelo pedagógico.
Identificam se um determinado texto ou o argumento utilizado é original ou se já foi utilizado antes e em que condições. Os relatórios apresentados não podem ser considerados provas definitivas de infração aos direitos do autor, mas ajudam muito nesse sentido graças à "metodologia estatística computacional" utilizada. Não por acaso foram criados por professores e engenheiros de computação e não por profissionais do Direito.
O principio é relativamente simples. O professor ou a banca examinadora cola um texto na ferramenta, aperta a tecla "enter" e em segundos saberá se o texto analisado foi copiado da internet ou se representa uma obra original.
A ferramenta compara trechos do documento - contínuos ou não - com o que existe disponível na internet, fazendo todos os cruzamentos possíveis. Com o relatório em mãos, cabe ao professor e à escola atuar sobre o problema.
Tão grave quanto os resultados da pesquisa realizada com os estudantes americanos é a constatação de que mais da metade deles não tinha a menor idéia de que praticavam atos condenáveis, tanto sob o ponto de vista ético quanto legal.
Para os entrevistados, tudo se resume a uma questão de comodidade: em vez de se deslocarem para a biblioteca mais próxima, faziam as consultas pela internet, economizando tempo e dinheiro.
Não há sinais de que por aqui a questão esteja sendo discutida nas salas de aulas espalhadas pelo país. Mas deveria. Não se trata de vetar ou restringir o uso da internet ou da tecnologia em trabalhos escolares ou teses acadêmicas.
Pelo contrário. Basta mostrar à garotada como usar a tecnologia sem que isso implique em um desvio de conduta.

Veja as respostas corretas do quiz aqui.
05/09/2010

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